domingo, 2 de janeiro de 2011

A Escola de Frankfurt

Outra escola relacionada ao Materialismo Histórico, muito influente entre os historiadores, e particularmente no Brasil, foi a Escola de Frankfurt. Não é propriamente uma "escola histórica", no sentido de que não foi constituída apenas por historiadores, predominando na verdade os filósofos, sociólogos e psicólogos. Rigorosamente falando, trata-se de uma "escola inter-disciplinar". Ela formou-se no Instituto para Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt, e daí vem o seu nome.

Os autores da Escola de Frankfurt nos oferecem uma visão interessante da constituição de escolas entre os paradigmas, ou, no seu caso, de escolas que constituem o seu programa de ação a partir de elementos extraídos de paradigmas e disciplinas diversas. Apenar da forte base calcada no Materialismo Histórico, os frankfurtianos incorporavam outras influências, como a da psicanálise freudiana e a do Existencialismo. Alguns dialogavam com o estilo de Friedrich Nietzsche. Outros recuperaram parte da filosofia crítica de Kant.

Os autores da Escola de Frankfurt denominaram a sua contribuição teórica como "Teoria Crítica". Entre seus principais nomes, podemos citar os de Max Horkheimer, Theodor W. Adorno, Herbert Marcuse, Erich Fromm - componentes da primeira geração - e Jürgen Habermas, o principal nome ligado à segunda geração de autores frankfurtianos. Um outro nome que também é habitualmente colocado em diálogo com os frankfurtianos é o de Walter Benjamin.

O texto-manifesto que inaugura formalmente a Teoria Crítica foi escrito por Max Horkheimer em 1937, intitulando-se “Teoria Tradicional e Teoria Crítica”. Depois disto, seguem-se textos importantes de Adorno, Marcuse, Habermas e outros filósofos ligados à escola de Frankfurt. A Dialética do Esclarecimento (1944), escrita conjuntamente por Adorno e Horkheimer, é talvez o texto mais representativo das propostas da Teoria Crítica. Entre as obras produzidas pelos frankfurtianos que combinam mais audaciosamente o Marxismo e a Psicanálise, iremos encontrar em Eros e Civilização (1955), de Herbert Marcuse (1898-1979), um marco particularmente significativo.

[brevemente este texto será completado]

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